18/07/2010

Bolhas ao vento

A nossa liberdade é como uma bolinha de sabão.
Depois de criada,
pode seguir qualquer rumo,
pois é o vento quem determina seu futuro.
Nós também.
Vamos até onde queremos,
sendo encaminhados pela vida.
Todas são esferas perfeitas,
todas iguais perante a criança que as solta.
Somos todos iguais perante Ele,
perante toda a humanidade.
Cada uma tem sua característica:
pequena, média ou grande.
As pequenas passam e somem
sem que ninguém as perceba.
As muito grandes estouram,
antes de chegarem ao chão,
ou até mesmo antes de serem lançadas.
O nosso orgulho
também faz com que estouremos
por nós mesmos,
antes de alcançarmos nossos objetivos.
Sou muito fã das médias;
ah... as médias!
No tamanho e peso certos,
sobrevoam o ambiente e chegam
até o outro lado da rua.
Completam o seu ciclo até desaparecerem.
Devemos ser como elas,
que vivem a vida,
fazendo todo o percurso
e cumprindo a sua meta,
até o fim temporário;
que chega para todos,
mas não acaba.
Usaremo-nas de exemplo,
e nunca perderemos nossa origem.
...
Foi a inocência de uma criança que as gerou.

Descoberta esquecida...

Uma capa de papelão
que esconde um mundo de descoberta e imaginação.
Riscos impressos
que viram vidas narradas (e com sentido!).
O que nos separa é a iniciativa:
abrir ou não?
Começar e terminar ou enterrar num gavetão?
...
Não é mágico?
Uma criação de outro mundo,
que convence, critica,
analisa a escrita?
O que seria isso tudo?
Você é quem me dirá!
Um livro, uma ideia, um simples papel;
o conteúdo em si.
A profundidade de tudo que nos circunda
poder ser resumido em palavras,
faz toda a diferença!
Dizem que o mundo é dos espertos.
Não concordo.
O mundo é do conhecimento.
O que seria do esperto,
se não houvesse o aprendizado
para aprimorar o pensamento?
Sim, é isso mesmo!
Seríamos ignorantes (ou "inguinorantes").
Faltaria iniciativa, opinião própria, e blá, blá, blá.
Hipocrisia!
Acho que você entendeu.
Agora que sabe, recupere o tempo que perdeu!
Abra um livro e descubra o canal de fantasia
que te afasta por uma capa,
ou por uma gaveta adormecida...

Obs.: escolha um bem interessante!
Machado de Assis não é recomendado para um iniciante!

Estrelas:

Cadentes, carentes.
Tão longe uma da outra,
mas tão perto pela nossa perspectiva.
Pontos brilhantes,
"permanentes" ao nosso ver,
que só são o rastro do passado constante
de um universo que existiu,
e passou...!
Terminamos nosso ciclo,
recomeçamos, vivemos;
porém as marcas das nossas escolhas (certas e erradas),
ficam e permanecem,
resistindo ao tempo.
O que "deixamos" faz tanta diferença na humanidade?
Apenas uma faceta da verdade,
ou uma pura falsidade?
Que assunto tolo para um poema.
Bom... Depende do observador;
que cria, inventa,
pesquisa, apresenta.
E faz de um detalhe tão anônimo,
uma inspiração para uma forma de expressão
tão simples e singela.
É a vida, companheiro!
Somos muito estranhos, mesmo.